sexta-feira, 27 de março de 2020

NO TEMPO DE DEUS


Carlão Mafra*

O tempo é o idoso que não passa. Não passa, pois nunca deixa de existir. Por ser tão conhecido é esquecido, ignorado. Natural como sempre, muda de acordo com a atitude humana. A cada um em sua maneira de ser, nos proporciona caminhos diversos aos quais sentimos alegrias, tristezas, lágrimas de contentamento, de saudade, de dor, onde em constante mutação, vivemos de acordo com o conhecimento de cada povo, de cada nação.
É nos dado a vida, a família, os amigos. É nos dado a força, o dom, a sabedoria. Na verdade temos tudo de que precisamos para em harmonia, sermos felizes.
Não fora deste contexto, infelizmente, abrimos espaços para a inveja, o poder, a cobiça, o egoísmo, a maldade, o exibicionismo, o individualismo.
Não nos contentamos com o ¨simples¨. Viver sem ter vergonha do que somos.  Podemos melhorar? Ótimo. Que seja para utilizar essa energia fazendo o bem. O bem?  Hoje se questiona como fazer o “bem”. Quando acontece, quantos de nós achamos que temos complacência, compreensão, coerência? Qual o caminho, qual a escolha mais acertada?
Diz-se que, se você quer ser feliz, não case. Você pode ser um peregrino do bem, um monge, uma Madre Tereza, um Chico Xavier, com dedicação exclusiva, determinado, fazendo do seu tempo, o bem á todos. Ouvimos sempre, “o tempo muda”. Bobagem. Cabe a nós, mudarmo-nos no “tempo”.
O que sei é que, quanto mais sabemos, quase nada sabemos do que poderíamos saber. O conhecimento é ilimitado para o ser.
Na consciência do quanto mais aprendemos, no discernimento em nossos dias, consigamos assimilar alguma coisa a mais, no tempo, que o Tempo nos oferece.        

Cantor, compositor e cronista*

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