quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015



PLANEJAMENTO: O CAMINHO DA EFICIÊNCIA
por Boanerges Cezário*
O Governador Robinson assumiu a administração com boas intenções.
Muitas foram as promessas, afinal elas precisam existir, posto que  promessa vira realidade se a administração praticar o planejamento adequado de gestão da máquina.
Executar compromisso de campanha é desafiador.
As declarações dos candidatos, junto aos meios de comunicação, demonstravam sempre a busca constante pelo desenvolvimento, enfatizando educação, segurança e saúde.
As reformas e atualizações não farão sentido e não "pegarão" se o Estado continuar gerindo mal os recursos financeiros, destroçando seu aparato e faltando com a boa prestação de serviços públicos.
Há duas linhas de  discurso, proclamados por alguns, de que o tamanho do Estado deve diminuir. No outro, se advoga que o Estado deve ser mais presente.
Duas visões assim evidenciam uma miopia de alguns formadores de opinião e de suas equipes.
Não que tais discursos sejam fracos, é porque são eivados de pura paixão. Só isso.
O candidato vencedor, Robinson,  deverá se preocupar em dar mais eficiência aos Serviços Públicos, o que aliás é princípio constitucional e norteador de uma boa gestão pública.
Assim, não se trata de diminuir o tamanho do Estado, pois ele [o Estado] é omisso e vem deixando o cidadão ao deus-dará, abandonado nas UTIs, na fila da previdência, sem segurança, com a educação esquecida.
Encher os órgãos públicos de servidores através de concursos públicos também é outra falácia, porque são abandonados depois sem engajá-los num Planejamento Estratégico de Gestão de Pessoas.
O impacto da Tecnologia da informação ainda não foi muito bem gerenciado, pois ainda há no Estado uma ocupação de espaços físicos pelos prédios dos órgãos públicos.
Uma das principais alterações na “paisagem” pública, que entra no mundo virtual,  é exatamente a diminuição dos espaços físicos ocupados por seus órgãoes. Nosso Estado, apesar das interações com tecnologia ainda não apresentou efeitos reais e visuais nesse sentido.
 
Todo Gestor procura eficiência, mas se ele diminui uma máquina ineficiente, ela passará a ser mais ineficiente, exatamente por ser menor.
Apelando para a definição de critérios de planos de capacitação de pessoal, a máquina passará a ser mais eficiente e o processo de crescimento dela passará a ser menor e até poderá estancar.
Com o tempo, a eficiência entra em campo, sendo desnecessárias novas contratações, a não ser as estritamente necessárias, que em tese seriam as relativas a Educação e à Saúde.
Há repartições com excesso? Transfere-se o servidor para as que são carentes de pessoal.
Há excesso de papel na burocracia? Priorizam-se os processos eletrônicos.
Há funções que podem ser desempenhadas fora do local de trabalho sem ocupar espaço físico na repartição pública? Implanta-se o Home Office.
Esses três últimos questionamentos merecem outro artigo. Até a próxima.
---------------------------------------------* Estudante de Geografia-UFRN