sábado, 29 de maio de 2021

O QUE SERÁ QUE SERIA SE O QUE SERIA SERÁ


 Boanerges Cezário*

 

O que seria dos psiquiatras

Se não existissem os loucos?

O que seria dos nutricionistas

Se não fossem os gordinhos e diabéticos?

O que seria dos bares

Se não existissem os bêbados?

(ou o contrário)

O que seria da polícia

Se não existissem os meliantes?

O que seria dos restaurantes

Se não existisse o pessoal da cozinha?

O que seria da empresas de ônibus

Se não existissem os usuários

O que seria do samba

Se não existissem os sambistas?

O que seria dos efeitos

Se não fossem as causas?

O que seria dos escritores

Se não existissem os leitores?

O que será que seria

Se o que seria que será

Fosse o que não poderia ser

Ou não fosse o que poderia?


Escritor*

 

 

 

 

 


sábado, 1 de maio de 2021

CARTA SOBRE O DIA DO TRABALHO E TEMPOS PÓS-MODERNOS

 

Boanerges Cezário*

 

 

Caros apedeutas,

 

 

O dia do trabalho é uma data importante.

Nele, refletimos sobre a importância do trabalho.

Quem emprega, acha importante, mas não remunera de forma justa porque há sempre um dado econômico que atrapalha. Os custos sempre serão mais importantes que a manutenção dos empregos.

Quem trabalha, acha importante, também, mas no mundo atual onde tem mais gente esperando ser empregados do que vagas de postos de trabalho, o trabalhador perdeu a segurança de saber até quando pode se garantir no posto.

Quem é responsável por esse agudo problema que aflige a todos?

Alguns culpam governos, outros acusam os empregadores, mas tem quem acuse  os trabalhadores.

Então, vamos refletir juntos degrau a degrau:

01  as vagas de empregos diminuem com avanço da inteligência artificial;

02  o planejamento familiar não alcança a todos e mesmo alcançando tem os que são adeptos da paternidade irresponsável;

03  as vagas no mercado de trabalho não alcançam a entrada de tanta gente no mercado

Tem várias saídas, mas a que depende das pessoas por não ter filhos é complexa e difícil, só faria efeito a médio e longo prazo, mas alguém tem que pagar um preço, parecido com a natalidade no pós-2ª. guerra na Europa no século XX.

Só não esperem  empregador decidir pelo empregado, pois os custos estão aquecidos, a empresa precisa se manter.

Também não esperem governos ajeitarem a economia, para eles o negócio é apostar em auxílios e bolsas para manter o gado na mão.

Parece que governos sempre ganham, empregadores e empregados estão sempre se contorcendo para que as coisas funcionem.

Todos tem parcela de culpa, observem e sigam  o ditado popular “O golpe taí, cai quem quer”.

Na dúvida, pensem como se estivessem numa situação de estado de necessidade, ou seja, salve-se quem e como puder...ou não!?

E você, nobre apedeuta, que acha?

 Escritor*