domingo, 25 de fevereiro de 2018

CRÔNICA DE UM BIKE CASAMENTO



 Boanerges Cezário*

O INÍCIO

Tudo aconteceu quando eu estava só, acabando de sair de uma tremenda fossa, quando de repente me deparei com ela. Tímida, silenciosa, tão solitária quanto eu.
O primeiro “oi” foi quase balbuciado, coisa comum entre os casais de primeira viagem.
Ela não se “tocou”, mas eu estava a fim...
De cara, percebi que ia se tratar de um namoro, daqueles difíceis, que dá até vontade de desistir antes de começar qualquer coisa.
Amigos, parentes e até alguns fãs que a veneravam me aconselharam a não insistir para que eu não fosse adiante com um romance caro e fracassado mesmo antes de começar.
Algo me dizia, porém, roendo por dentro, que realmente eu deveria tentar, mesmo se não desse certo.

A 1ª. NOITE

Quando saímos juntos pela primeira vez, era uma sexta-feira, de uma tarde chuvosa, daquelas que a melhor coisa que se deve fazer é ficar em casa dormindo .
Mesmo assim, saímos. Nos divertimos bastante. Eu, principalmente, porque ela, se se divertia não me falava nada, apesar d’eu sempre apertá-la com carinho...
De qualquer maneira, eu estava feliz, pois, se ela não me respondia com palavras, me falava através de “atos” carinhosos, rasantes, decididos e imediatos.
Por uma besteira, no entanto, no melhor da tarde nos desentendemos e brigamos. Não sei o que houve, caímos. Ela para um lado, eu para o outro.
Levantei-a, fomos para casa em silêncio.
Fomos dormir, cansados, logo depois da briga e da queda, em quartos separados.
Tomei banho e um copo com leite morno desnatado e açúcar mascavo para chamar o sono.
Caí num sono daqueles espetaculares de perder o treino da 2ª. pela manhã.

O REENCONTRO

Depois da primeira briga, procurei entende-la melhor, buscando o diálogo. Li revistas, consultei especialistas, chegando à seguinte conclusão: Ela é sensível demais, portanto, trata-la com zelo, dedicação e carinho é fundamental e todo cuidado é pouco para não ser traído nas curvas e esquinas...
Aos poucos fui amadurecendo, chegando ao cúmulo de todo dia dá uma...voltinha com ela, afinal de contas paixão é paixão.

NÃO POSSO MAIS FICAR SOZINHO

Hoje, tenho certeza, somos um casal inseparável. Simplesmente não vejo outra na
Minha vida.
E tenho a certeza que meu romance deu certo . Se tudo correr bem, jamais me separarei da minha SCOTT PLASMA 10...rsrsrs




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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

PARA ONDE VAMOS, CAPITÃO? (ou a crise fiscal sem fim do RN)




Boanerges Cezário*

Parece que ainda não mudou o curso do plano de navegação da barca quase furada do Rio Grande do Norte.
Todo dia uma novidade com relação às contas. Falta dinheiro para salários, para aposentados, para tudo, mas a nave vai...
O Estado, para que realize os seus objetivos, precisa de recursos, que por sua vez só podem ser auferidos com receitas.
Há as originárias e as derivadas.
As primeiras são efetivadas através da exploração do patrimônio próprio do Estado.
Nas derivadas, o Estado utiliza-se do seu poder de império e através de tributos e penalidades pecuniárias arrecada os valores necessários a manutenção da máquina administrativa.

O Estado do Rio Grande do Norte, numa pretensa crise fiscal sem fim, iniciou um processo para venda de seus bens públicos, tendo em vista a cobertura de pagamentos diversos, dentre eles os salários.
A solução parece boa, mas não tem nada de criativa, principalmente porque o Estado também implantou a cultura do Refis, que na prática é um perdão disfarçado da dívida, que nunca se concretiza, que sempre traz a possibilidade de novos refis, novos refis, novos refis....
Então em breve, o Estado do RN terá todo seu patrimônio vendido e como não implanta uma política de arrecadação concreta e possível, em breve as receitas derivadas também não serão suficientes para pagamento de suas obrigações e investimentos.
O Plano de navegação da nave RN não está bem definido e em breve a barca pode adernar.
O Capitão, que a rege, não demonstra patente e categoria de capitão de longo curso.
Mas antes do naufrágio, com certeza o capitão pulará do barco e se salvará.
Para o resto da tripulação, será um Deus nos acuda, mas haverá alguém que tomará o leme para levar a nave a um porto seguro, mas navegará sem plano, levando apenas a embarcação para um porto e ali ela ficará parada.
Afinal de contas, para onde íamos, pois não sabemos mais nem para onde vamos?....

Blogger*