sexta-feira, 16 de abril de 2021

DE MALBEC E EPOPEIAS DEGUSTATIVAS

 


Boanerges Cezário*

 

Então, estive pensando aqui no que falar sobre o dia Malbec.

Os tempos são complexos e alguns falam em tempos líquidos.

A uva malbec e o vinho conecto formam um par  sólido, que resiste a liquidez dos tempos, agregando amigos e confrades, que expurgam o egoísmo, estágio superior do individualismo, na resistência por  um mundo mais gregário, que se revelam nas  boas degustações de uma uva tão singular.

É, em suma, um casamento entre o belo e o palatável.

Diz a wikipedia, que “Malbec é conhecida comum tipo de uva francesa e principal variedade da região de Cahors, também presente em Bordeaux. Encontrou condições excelentes na Argentina, onde produz vinhos frutados, muito macios, de bom corpo, cor escura e tânicos, para serem consumidos ainda jovens”

 

Olhe o espírito da coisa, ela nasce na França e partiu para encontrar aconchego nas plagas argentinas, ou seja, como os navegadores que em tempos idos buscavam terras e mares, assim foi a aventura dessa uva tão original dos vinhos frutados, muito macios, de bom corpo, cor escura, como diz o enciclopedista já citado.

É um casamento que nesta data sempre  comemora a união com os seus degustadores de fino paladar.

Esses dias e  anos Malbecs assim se fizeram e  assim se fazem, sempre renovados de expedições e viagens degustativas.

Assim, a uva e o vinho que se adaptaram bem numa  epopeia geográfica tem o seu dia para que sejam brindados por todos.

Aliás, é possível sim um francês que no habla español degustar um malbec com um argentino que ne parle pas francês. Provavelmente não se entenderão no idioma, mas falarão e se comunicarão com gestos, caras e bocas, pois o tanino acentuado cai muito bem com o churrasco e parrillada, pratos de excelência que provocam sempre um debate de sorrisos, caras e bocas.  

 

 

Escritor*