quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

SOBRE A DOR: O QUE VOCÊ PRECISA FAZER?

Boanerges Cezário*

Há muito tempo, uns bons anos atrás, não vou arriscar o ano, sob pena de errar, vi um livro interessante.
O livro se chamava MÉDICO DE HOMENS  E DE ALMAS. Sua autora, Taylor Caldwell. Que livro bom.
Mas o que em tese teria esse livro a ver com corrida?
Na época que vi o livro, era atleta e corria também, mas nada de dores, só alegria e camisa suada.
A vida se transformou na verdade numa corrida. Ninguém sabe muito bem para onde, mas sei que corremos em busca de algo.
Corremos para o colégio, depois para a Faculdade, emprego, criar próprio negócio, ou seja, a vida é uma corrida.
Para tudo que buscamos correndo tem algum resultado, mas há dores, alegrias, lágrimas e recompensas também.
Para as necessidades que temos no cotidiano, escola, emprego, negócios, profissão, vamos aprendendo todo dia como se fosse uma corrida de obstáculos. Eles aparecem, enfrentamos e às vezes desviamos para nem perder energia e tempo.
Na corrida de rua é parecido.
Tem o drama dos corredores iniciantes, que sentem os joelhos nas primeiras tentativas para pegar ritmo.  Saem cabisbaixos, mas descartam desistir...É assim todo começo.
É a máquina corpo humano reagindo no seu conjunto.
Aparecem também as falhas na respiração, incluindo aí todas as “ites”, sinusites, bronquites dentre outras.
Um rol de inimigos dos corredores começam a trabalhar, sem falar nas facites e outras perturbações dos membros locomotores.
Nessa hora, ouvir e ler o que a equipe diz e pensa serve como pit stop do equilíbrio.
Uma dica básica, por falar em equilíbrio, é conectar a cabeça ao pé. Cabeça porque com ela você aprende a fazer e comandar. Pé porque ele responde às ordens do cérebro para a melhor pisada.
Quanto às dores, um colega do grupo lembrou uma vez que sentir dor é sinal de que estamos vivos...
Quanto ao livro que falei acima, em resumo, ele traz a seguinte mensagem:


“(...) Não há romance e nem livro histórico que possam transmitir a história de Sua vida tão bem quanto a Santa Bíblia. Assim, a história de Lucano, ou São Lucas, é a história da peregrinação de todos os homens através do desespero e das trevas da vida, através do sofrimento e da angústia, através da amargura e da tristeza, através da dúvida e do cinismo, através da rebelião e da desesperança até os pés e a compreensão de Deus. Essa busca de Deus e da revelação final é a única significação na vida dos homens. Sem essa busca e essa revelação, o homem vive apenas como um animal, sem conforto e sem sabedoria, e sua vida é inútil, seja qual for seu grau de poder e nascimento.

Dores e angústias fazem parte da corrida da vida para valorizarmos alegrias e superações.
Na nossa corrida de rua, as dores e angústias existem também para valorizarmos também as alegrias das chegadas e superações dos paces e Km.
Na vida, os médicos das almas resolvem.
Na corrida de rua, pilates, nutricionistas, ortopedistas, educadores físicos, psicólogos, relaxantes musculares, cirurgias, alimentação, energéticos dentre outras coisas resolvem.
De uma forma ou de outra, temos que sair da zona de conforto.
Assim, ande, corra, caminhe e se cuide do corpo e da alma...





 Corredor/Blogger*

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

PIRANGI PRAIANO 2018: UM PASSEIO DE JANEIRO A JANEIRO



Boanerges Cezário*

Sábado, 13.01.2018, uma porção de gente determinada desceu à prainha em Pirangi para dar um passeio.
Passeio? Ah! Não, para uma corrida especial, a Pirangi praiano, organizada quase que fechando o verão e abrindo o ano de 2018 majestosamente.
Dias complexos que atravessa o estado, mas está todo mundo ali, cara de sono, algumas retocando a maquiagem...sim, mulher fica mais bonita antes das corridas, depois...ah, deixa pra lá.
Sei que partimos todos com disposição para cumprir os dois percursos. Uns foram 4,5Km, outros, 8Km.
Mas o melhor do percurso é ver a beleza do mar de um lado, e do outro, o povo bonito que já estava acordado aquela hora para apoiar os corredores.
Uma dica para não perder a concentração é olhar pro mar, se olhar pro lado direito, o percurso fica mais lento porque...afinal é verão, é Pirangi. Tem louras (geladas), tem morenas (malte puro), branquinhas (dia do festival da cachaça) e outras raridades .
Essa corrida não é bem uma corrida, é um passeio. Para onde se olha tem coisas e histórias que passam na mente de todos que um dia veranearam ou ainda frequentam com regularidade aquele pedaço de chão do peixe vermelho.
Parece até que a origem do nome vem daí. Há confusão, dizem os que entendem, que não há certeza sobre tal peixe vermelho.
Mas sei que tem sempre por ali uma cioba, uma Guaiuba, um pargo e rostos, muitos rostos vermelhos de tanto sol.
No meio do percurso, não sei o que bem aconteceu, o joelho teimou em resistir, mas no vácuo dos que não olham para trás, segui até chegar.
Cheguei, chegamos e o bom de tudo é que em face de tantas ocorrências que tiveram nos últimos 30 dias, sentimos e vimos ali só arrastão de rede com peixes vermelhos e outras cores; violência? só das ondas batendo à beira mar; brigas? só de aratus; fugas? só de tainhas .
Para quem não foi, se ajeite pra ir na próxima. Para quem foi, espalhe por aí porque o trem é bão, che!
Como disse, isso não é corrida, nem sacrifício , é um passeio andando ligeiro a pé...
Então, quer VIVERBEM?  GO!


Corredor/blogger*

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

O POTIGUAR NÃO SABE VOTAR



Boanerges Cezário*

“Faz parte da histeria não ter consciência de si mesma”.                     (Luiz Felipe Pondé)



Caro leitor, quantas vezes ouvimos alguém dizer que brasileiro tem memória curta, que não sabe votar?
Digo isto, porque todo esse caos no Estado do Rio Grande do Norte prova que as escolhas dos potiguares nas eleições tem como consequência isso que estamos vendo.
O eleitor que pede dinheiro, material de construção, óculos, prótese dentária, emprego sem concurso para o filho, é corresponsável por essa conta.
 Além disso, vota sem saber da história de vida dos candidatos, não procura saber sobre o trabalho desenvolvido por estes em prol do povo, nem tampouco procura investigar sobre a idoneidade deles. Assim fica difícil eleger políticos honestos, idôneos, comprometidos com o bem da coletividade norteriograndense.
Por não sabe votar, pagamos a conta, muito cara e sem serviço...
Notícias de que foram constatados superfaturamento em obras públicas, que vêm ocasionando prejuízo grande ao erário  estadual e o alto de sonegação são comuns. Assim não se arrecada bem, assim a aparente contabilidade do governo vai sempre demonstrar que atravessamos crise fiscal...mas temos Arena das Dunas, temos folha de pagamento de comissionados ganhando alto sem trabalhar...
Soa ridículo em determinados momentos a opinião pública falar mal dos políticos, pois não chegaram lá do nada, chegaram com voto, voto esse dado de forma irresponsável, esperando por presentes, favores e outras doações do tipo.
A cara de pau dos eleitos e dos que anteriormente deixaram a máquina administrativa às baratas é grande.
A moda agora é querer jogar toda responsabilidade da violência nos ombros das policias civil e militar.
Por que policiais tem que trabalhar de graça?
Não se iluda, caro leitor, o eleitor tem o político que merece.
Este ano teremos eleições, mas a máquina administrativa está tão desordenada que, por melhor que seja o candidato, enfrentará enorme dificuldade para po-la em ordem.
Mas a hora é de fazer assepsia e aguentar a recuperação do corpo estatal.

Blogger*