sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

SAMBA CIT (Samba da Telecitação)

 


Letra: Boanerges Cezário

Música: Jubileu Filho

 

Gente, começouuuuu

pois já vou telecitar

eu vou

pode ser qualquer pessoa

Já é um terror só de pensar

Se o juiz mandar penhorar, citar

 Tem  que cumprir incontinenti

Tentem se preservar

Para não encontrar

devedor descontenteeeee

Não deixem xingar

Ou desacatar

É mais elegante

Sair na tangente

Não corra perigo

Não é um castigo

É só se plugarrrrrr

É para citar, depois penhorar

Se você ligar

O cara estourar

Pare, mas faça um favor

Retorne ligando

Dizendo bem brando

Eu volto, senhor ...

 

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 8 de novembro de 2020

DE MANDADOS E CITAÇÕES


   

Boanerges Cezário*

 



            Faz uns dois meses, que citei uma família e uma empresa familiar, tendo em vista uma ação cível para desfazer uma operação imobiliária, que, segundo a parte autora, teria indícios de fraude a credores.

            Segundo a parte autora alegava, ocorreu uma venda de uma propriedade rural para diluição e pulverização de patrimônio, cujo fito era sumir com os terrenos que estavam na iminência de serem penhorados.

            A diligência foi iniciada em plena pandemia no modo a distância.

            Como eram muitos requeridos, deu um trabalho para se chegar ao fim das diligências, que  se tratavam de  citações iniciais, mas traziam no seu arcabouço uma complexa situação patrimonial, enredada numa provável fraude.

            Lembro-me que um dos requeridos tinha acabado de sofrer um AVC , não pode ser citado pessoalmente, mas um de seus filhos se encarregou de assumir a diligência, confirmando a citação dele, o que foi prontamente certificado.

            Uma das coisas que achei interessante, é que é usual as partes não cooperarem com a realização de diligências de forma virtual, temendo trotes mas essa parte facilitou e assim terminei a diligência, juntando informações e notas de ciência pertinentes.

            Folheando as notícias pela internet, descobri que aquela parte que eu havia citado, a do AVC veio a falecer alguns dias depois.

            Na vida do meirinho é assim, uns vivos se fazem de mortos para não serem citados, outros a gente nem chega a conhecer, mas cooperam e facilitam a citação e mesmo falecidos parecem que estão vivos, pois o processo andou, teve contestação e tudo mais.

            E ultimamente tem aparecido uns tipos de réus, que mesmo vivos se fazem de mortos. Já alguns mortos parecem que estão vivos, pois as diligências deixam a marca de terem sido resolvidas, mesmo nunca tendo visto o vivo, que morreu...

            Como dizia Dida, um filósofo da terra do camarão "gente que nunca morreu tá morrendo"...

 




Oficial de Justiça*

 

 


quinta-feira, 15 de outubro de 2020

terça-feira, 6 de outubro de 2020

AP PANDÊMICO

 Boanerges Cezário*


E nesse apertamento

Onde sempre estou

Nem fobia de claustro enfrento

Não há encontro

Na tv, lamento

 

Em “Home”

não sei  onde moro

Não choro

nem lágrima de cloro

Pode soar feito grilo

Sei não

Pensei em clara

Clara crocodilo 🐊


Amante das Letras*

ARGONAUTAE ( versão em Latim de Os Argonautas)



 



Edmilson Morais*

 


Navis!

Cor meum non tolerat

Tantam tempestatem, laetitiam

Cor meum non quiescit

Diem, signum, cor meum

Portum, non!

 

Navigare necesse

Vivere non est necesse...

 

Navis!

Nox tam pulchro subriso tuo

Laxo, perdito

Horizon, aurora

Risus, arcus aurorae

Portus, nihil!

 

Navigare necesse

Vivere non est necesse

 

Navis!

Currus enitens

Tribulus laxus, strepitus

Dentis mei in vena tua

Sanguis, stagnum, strepitus lentus

Portus, silentium!

 

Navigare necesse

Vivere non est necesse


Licenciado em Letras*

terça-feira, 23 de junho de 2020

A MAQUIAGEM DA MENTIRA (OU O QUE VOCÊ QUER VER!?)







Boanerges Cezário*


O mundo se debruça em diversos dilemas minuto a minuto.
Verdades que parecem mentiras, que parecem verdades. Mentiras que parecem verdades, que parecem mentiras.
Por que escrevo isso? Se leu até aqui, continue. Se não continuar a leitura, problema seu, mas veja o que quero prosear.
Em média, três vezes por semana, levanto às 5h da manhã para correr.
O aplicativo que uso para medir pace, tempo e outras conquistas tem a opção na configuração para otimizar o uso da bateria, economizando energia.
Sem querer, mexi na referida configuração e devo ter esquecido de salvar o que era para estar salvo  e a consequência foi desastrosa.
Em pouco tempo me transformei  em Usain Bolt.
Alguns momentos de fama no grupo de corrida, que participo, fizeram eu estranhar a coisa.
Qual não foi a surpresa, ao atualizar e sincronizar as atividades, vi que a minha performance estava acima da média de corredores de renome mundial.
IIustre leitor(a), se chegou até aqui na leitura é porque gosta de mim ou me acha mais um idiota na rede que quer publicar asneiras, e como  você pode gostar de apreciar textos bizarros vai encarar até o ponto final, eu sei.
Como falei, urdi a ideia a partir de uma falha no aplicativo de corrida que uso.
Meu pace baixou de 7,2 min/Km para 2,8 min/Km
A mentira, nesse caso, foi do aplicativo, mas como é inteligência artificial,  só diz a verdade.
Essa verdade ninguém questionou, pelo contrário, até fui elogiado por muitos.
A verdade, assim, era que o aplicativo mentiu, e feio. Mesmo assim, essa mentira parecida com verdade, ficou, talvez, sendo a verdade para quem tem pressa de curtir e não imaginar quem é o corredor na verdade.
Fico imaginando, se alguém curtiu sabendo que é mentira , como também imagino alguém curtiu achando que é verdade.
De qualquer maneira, o mais interessante seria pensar se é racional curtir o devaneio atlético , pois naquela sincronia, sem sinfonia,  não dá pra saber, sem perguntar, se a verdade é uma verdade que parece mentira ou se a mentira parece mentira, mesmo sendo verdade, a mentira...

Assim, quando publicamos nossas "imagens" nas redes e o Big data minera os dados, estamos diante de uma maquiagem...
Se publico mentiras, a mineração de dados não descobre se são falsas, pelo contrário, nos meus perfis elas passarão por verdadeiras. Mesma coisa se publico verdades
De qualquer maneira, as ferramentas do big data só acharão "verdades", sejam elas verdades que são, na verdade, falsas e verdades que são, na verdade, verdade...ou não!?
Enfim, Descartes criou certa vez um demônio maligno, que tinha o poder de iludi-lo, mesmo que não fosse verdade.
Criei o meu também. Chama-se strava com o apoio das redes sociais...
Seriam, então, as redes sociais em conjunto com o big data os novos salões de beleza?


 Blogger*

sábado, 16 de maio de 2020

O ANO DO ESTRANHAMENTO

 Yunga de Araújo Fernandes*


2020, por que você nos pregou essa peça? Você é tão bonitinho, um número tão redondinho. Você é tão fácil de memorizar, tão atraente para a meninada desenhar. 

2020, você nos traiu!

2020, quantos historiadores, psicólogos, cientistas, cinegrafistas, roteiristas, cronistas ou tantos outros " istas" se debruçarão sobre dados estatísticos para falarem de ti.

2020, quantas bocas sem um pão, quanta gente sem um tostão, quantos empregados sem um patrão, quantos empregadores sem opção.

2020, quantas ruas sem movimento, quanta imposição de distanciamento, quanta gente enclausurada, quantas pessoas reinventadas.

2020, quantos encontros cancelados, quantos abraços não dados, quantos beijos reprimidos, quantos apertos de mão acotovelados.

2020, quantas escolas sem alunos, quantos professores sem giz, quantas mochilas sem costas, quantas cantinas sem lanches.

2020, quantos nascimentos preocupantes, quantas visitas não realizadas, quantos livrinhos não preenchidos, quantas emoções não partilhadas.

2020, quantas crianças sem respostas, quantas festinhas sem convidados, quantos parabéns sem alegria, quantos mágicos sem cartola.

2020, quantos estádios vazios, quantas bandeiras não tremuladas, quantas redes não balançadas, quantas vibrações proibidas.

2020, quantos vôs não decolados, quantas viagens abortadas, quantas paisagens não vistas, quantas selfies não registradas.

2020, quantas máscaras fabricadas, quantos rostos escondidos, quantos batons acobertados, quantos espirros sufocados.

2020, quantos projetos inacabados, quantos sonhos postergados, quantos desafios lançados.

2020, quantos corações agitados, quantos pulmões afetados, quantas mãos compulsivamente lavadas, quanta sanidade comprometida.

2020, quantos profissionais exauridos, quantos hospitais colapsados, quantas escolhas não desejadas, quantos óbitos tristemente registrados, quantas despedidas não permitidas.

2020, pensar em você não tem sido prazeroso, mas se você resolveu assim chegar, estou lutando para a ti me adaptar.




Autora:*


sábado, 25 de abril de 2020

CADA MACACO NO SEU GALHO (INICIAÇÃO À GESTÃO FAGOCITÁRIA )



“Cho, chuá Cada macaco
 no seu galho” Riachão



Boanerges Cezário*

Antes que a turminha politicamente correta venha questionar a expressão acima, peço licença para dizer que retirei-a do site abaixo:
Tem uma música também, feita pelo compositor Riachão, cuja canção ficou na memória de todos, cantada por Caetano e Gil.
Mas por que cá estou a falar da expressão acima?
Porque agora há uma onda espalhada na gestão pública  brasileira de se dar opinião sobre as atribuições, competências e  funções dos outros.
Há um caos evoluindo feito ameba, que se multiplica e se biparte. Há caminhos que se bifurcam, que se bifurcam, que se bifurcam....
Então aquele gestor que se acha mais importante ou sabido, promove a sua fagocitose particular.
Para quem não lembra, em tempos de Enem, é bom lembrar o que é fagocitose:

(...)fagocitose (quando outro ser se aproxima, ela cria com o corpo pseudópodos (pés falsos) que envolve o alimento, levando-o para dentro da ameba onde ocorre o processo digestivo. As partes não aproveitadas são eliminadas.” http://www.suapesquisa.com/mundoanimal/ameba.htm

Ora, se um gestor invade a área do outro dizendo o que deva ser feito, que motivos o levaria a isso?:
01 é uma ação fagocitária, ou seja, vai digerir o outro;
02 é porque acha que pode ficar no lugar do outro;
03 é porque entende que o outro não entende como se faz;
04 é porque o caos se instalou e qualquer opinião vai ajudar


O gestor inteligente se aproveita do talento que desponta ao lado, dá uma força, ensina  caminhos, preparando-o para trilhar caminho novo.
O gerido, candidato a gestor, aproveita os ensinamentos e busca uma nova estrada, não deve ficar medindo forças e querendo aparecer mais que o dono da cadeira da ponta.
Se a situação anterior não for ultrapassada, os problemas de sintonia ficam evidentes e podem trazer reveses à imagem da instituição .
Mas se nenhuma das soluções acima der certo, a instituição será acometida de uma tremenda disbiose intestinal com quadros de diarreia.
Todo cuidado é pouco, daí a importância de procurar um  especialista na matéria, evitando maiores transtornos intestinais corporativos.

Mas se você, caro leitor, tem uma outra opção, qual seria?

Blogger*




domingo, 19 de abril de 2020

DEMOS, DEMÔNIOS, PANDEMIA E PANDEMÔNIOS





Boanerges Cezário*



A atual crise econômica, aliada à da saúde, em face do dramático quadro de crescimento da pandemia provocada pelo corona vírus, leva a plateia do circo Brasil pelejar no dilema pt x bolso , esquerda x direita,  mas vou dizer uma  coisa .

O recente conflito  entre bolso e Mandetta(direita contra direita) evidenciou que a massa sempre está perdida feito manada.

Como técnico, Mandetta  pode estar certo, mas bolso é  contra a linha dele.
Onde Mandetta errou? Ficar  ministro depois da exposição pública do conflito antes, bem antes,  da entrevista no Fantástico.

Então, se Mandetta (de direita) estiver certo  as coisas vão ficar difíceis .

Se bolso tiver certo, não tem problema, vai morrer pouca gente, né?

A banalização da morte como apenas um  numero a mais ou a menos ficou dominante no momento atual.

No mundo de princípios cristãos, que hospeda bolsominions, petistas, gregos e baianos, se morrer um é  muito.

Mas até o mundo da direita está passando por esse conflito: O DEM querendo poupar vidas porque o(s) demônio(s)  quer(em) que morra(m) muita gente.

Prestem atenção, o conflito do momento é também  polarizado entre  Bolsonários e DEM, ou seja, Direita x Direita,  quem te viu, quem te vê ...

Aliás, eu previ em 2018 esse conflito num artigo (http://terrasofia.blogspot.com/2020/03/um-comando-uma-voz-memorias-de-uma.html ), pois aprendi com um militar (meu pai) que vários comandos numa guerra levam a muitas mortes...

E tudo que foi continua sendo e tudo que será talvez não aconteça ou não?!



Blogger*

sábado, 28 de março de 2020

UM COMANDO, UMA VOZ (memórias de um Mestre de Cerimônias ou Nada mudou)




Boanerges Cezário*



Escrevi esse post em novembro de 2018, após a vitória do candidato, que virou presidente.
E naquela data, assim eu falava...

Trabalhei junto ao cerimonial de uma instituição por 20 anos. Pouca gente percebe, mas há diversas ações de última hora para que o evento se realize.
Comandos e falas são encaixados em seus devidos lugares e de forma discreta para que tudo saia perfeito durante o cerimonial.
A todo minuto se confere a lista de presença, alterações, novas inserções de pessoas a formarem a mesa, a lista de convidados, o seleto rol de quem vai ficar na sala vip, dentre outras ações.
Na formação da mesa, há um item importante a se observar: a ordem de onde
cada pessoa, de acordo com o seu grau de importância no evento, deverá se posicionar, pois alguém mais importante irá ocupar a cadeira central da mesa.
Ler, reler o script é fundamental para não se esquecer nomes, não incluir quem não vai ser chamado, não trocar tratamento, enfim, uma falha nesses momentos tensos que antecedem o evento pode ser fatal para o bom resultado da cerimônia.
Mas há uma regra, que considero fundamental para que cada evento saia dentro dos padrões. Chamo de regra raiz, que é “UM COMANDO, UMA VOZ”.
Nada nem ninguém pode esquecer de observar tal regra, pois é nela que está concentrado todo o equilíbrio das ações e atividades que serão desencadeadas.
Assim, nem todo mundo pode ser convidado para participar da mesa, ocupar poltronas. Nem todo mundo pode fazer discurso, fazer apartes, falar de improviso etc
Essas experiências e memórias de cerimoniais que participei fizeram me lembrar dos últimos momentos noticiados na mídia sobre a fala do presidente eleito e dos seus prováveis ministros.
Como ele é Capitão do Exército, parece que o seu vice, superior dele na vida da caserna,  quer falar sem a anuência do chefe, pois durante a campanha isso já tinha acontecido.
Por sua vez, o provável Ministro da Fazenda também já entrou em choque com a fala do presidente sobre diversos assuntos, dentre eles, relações com a China e Previdência.
Os três tem opiniões fortes e aparentemente divergentes, mas para que a cerimônia de governança dê certo, é preciso que conversem antes nos bastidores para que só a fala do Presidente venha à tona, pois ele afinal de contas é o chefe do governo é o “comandante do cerimonial.”
Um chefe de cerimônia ficaria louco se recebesse ordens de várias pessoas para seguir num evento sem convergência no script.
Para preservar o emprego e o brilhantismo do evento, o Mestre de Cerimônia deve seguir as orientações do Presidente do evento. Por mais que os outros apareçam ou queiram aparecer, a regra “UM COMANDO, UMA VOZ”  é a mais sensata e correta.
A capilaridade excessiva nos eventos da vida deve ser evitada para que o cerimonial não se transforme em “CASA DE MÃE JOANA”.
E assim, durante anos e anos como Mestre de Cerimônia, aprendi que não se pode tirar o brilho do ente mais importante do evento. Quem não quiser seguir a regra, que crie seu próprio evento e forme sua própria equipe.
Será que Mourão está em campanha para 2022, tão cedo? ou será apenas que ainda não caiu a ficha que seu inferior hierárquico virou seu chefe? ou será apenas que só agora caiu a ficha que seu inferior hierárquico virou seu chefe? Ou “será só imaginação” como perguntava Renato Russo cantando “SERÁ?”



Agora, em plena crise do covid 19, o presidente aparece com a frase “o presidente sou eu” e, ofuscado pelo brilho de Mandetta na condução da pasta da saúde e irritado com o “silêncio” de Moro, continua com o mesmo problema...

Dou-lhe uma


 Dou-lhe duas...


Dou-lhe três...


vou ficar lembrando aqui de Leo Jaime cantando “oh, oh, nada mudou”...



Boanerges Cezário – blogger*






sexta-feira, 27 de março de 2020

NO TEMPO DE DEUS


Carlão Mafra*

O tempo é o idoso que não passa. Não passa, pois nunca deixa de existir. Por ser tão conhecido é esquecido, ignorado. Natural como sempre, muda de acordo com a atitude humana. A cada um em sua maneira de ser, nos proporciona caminhos diversos aos quais sentimos alegrias, tristezas, lágrimas de contentamento, de saudade, de dor, onde em constante mutação, vivemos de acordo com o conhecimento de cada povo, de cada nação.
É nos dado a vida, a família, os amigos. É nos dado a força, o dom, a sabedoria. Na verdade temos tudo de que precisamos para em harmonia, sermos felizes.
Não fora deste contexto, infelizmente, abrimos espaços para a inveja, o poder, a cobiça, o egoísmo, a maldade, o exibicionismo, o individualismo.
Não nos contentamos com o ¨simples¨. Viver sem ter vergonha do que somos.  Podemos melhorar? Ótimo. Que seja para utilizar essa energia fazendo o bem. O bem?  Hoje se questiona como fazer o “bem”. Quando acontece, quantos de nós achamos que temos complacência, compreensão, coerência? Qual o caminho, qual a escolha mais acertada?
Diz-se que, se você quer ser feliz, não case. Você pode ser um peregrino do bem, um monge, uma Madre Tereza, um Chico Xavier, com dedicação exclusiva, determinado, fazendo do seu tempo, o bem á todos. Ouvimos sempre, “o tempo muda”. Bobagem. Cabe a nós, mudarmo-nos no “tempo”.
O que sei é que, quanto mais sabemos, quase nada sabemos do que poderíamos saber. O conhecimento é ilimitado para o ser.
Na consciência do quanto mais aprendemos, no discernimento em nossos dias, consigamos assimilar alguma coisa a mais, no tempo, que o Tempo nos oferece.        

Cantor, compositor e cronista*

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

PIRANGI PRAIANO 2020 (Fui antes de ter ido)








Boanerges Cezário*

Vou ou fico?
Caso ou separo?
Compro ou vendo?
Pago a vista ou a prazo?
Perguntas como essas, algum de nós já fez em certo momento da vida.
A partir de tais perguntas, decidimos o nosso estilo de vida, estado civil e outras coisas com as consequências das decisões.
Optar por uma ou outra resposta é sempre um jogo, quase um par ou ímpar, que em segundos a vida pode mudar, a sua conta bancária pode afundar e por aí vai...
Quantos encontros e desencontros foram arranjados ou não acontecidos por um incidente de última hora?
No final das contas, sempre ficamos com a pergunta ruminando na mente “e se eu tivesse dito sim? se eu tivesse partido? Valeu a pena não ter feito o que hoje tenho a dúvida do não?
Pois bem, estamos sempre adiando sonhos, deixando para amanhã, para as próximas férias, ou quando aposentar.
Mas qual a certeza que temos da vida? Talvez a de que existimos, mas até que dia? Até que hora? Quanto tempo nos resta?
Há pouco tempo, o apresentador Gugu Liberato faleceu depois de um acidente doméstico.
Cheio de vida e de projetos a serem realizados, mas novo se foi.
Então, o ano começa de novo, a corrida mais charmosa do litoral aconteceu e você o que fez?
Não veio de novo, achou que não estava pronto, mas afirma que no próximo ano vai?
A vida é esse movimento.
Você vai ou fica?
Casa ou separa?
Corre ou fica parado?
A vida não é perfeita, mas não existe indecisão. Apenas decidimos. O não decidir não existe. Estamos sempre decidindo.
Se deixou de ir à Pirangi Praiano 2020, não foi falta de decisão, foi decisão para ficar, para não ir, para arranjar desculpa para o ano que vem correr.
Quem garante que nossas decisões estão sendo tomadas de forma consciente?
Independentemente da decisão, nada nos garante que fizemos o certo ou errado.
Na verdade o que existe é uma chance que temos de decidir para ir ou não partir, que segundo Amyr Klink a decisão de não partir é o maior naufrágio.
Para 2021, você vai ficar atracado e naufragar ? ou vai, simplesmente vai?


Corredor de rua*