sábado, 28 de junho de 2025

ANFIBIOS ANUROS. (Mais uma fábula de Zé Bidu, antes do jogo Palmeiras x Botafogo)

 


Essa semana encontrei  Zé bidu, desconhecido filósofo do agreste nordestino, chamei-o para tomar um café torrado para tecer um.moído sobre a peleja palmeiras versus  Botafogo. 


Depois de abrir um pacote de bolacha,  puxei  um prato sopeiro,  despejei café dentro e empurrei pra cabeceira da mesa para Zé começar o lanche e soltar a prosa esportiva.


Primeiro perguntei:


_ Zé,  que acha da partida hoje as 12h 40min, tem algum palpite?


Ele olhou espantado e disse:


_ que partida?


Falei:


_ a de futebol,  Zé, entre Palmeiras e Botafogo...


Ele disparou:


_ não entendo de futebol, torço pelo Palmeiras de 1978, tempo de Leão, Luiz Chevrolet,  leivinha, Ademir da Guia, entre outros, mas o Palmeiras sempre foi uma grande  equipe...acho inclusive que o Palmeiras sempre priorizou  a gestão,  então até uma equipe da 3a divisão ,se for comandada pela direção palmeirense , decola...



_ já vi que você é torcedor antigo mesmo, mas você não vê o bom momento do Botafogo como forte demais?


_ veja bem, preclaro mancebo,  há um bom momento, sim, mas não se engane com o entusiasmo da torcida botafoguense, que me parece maior que a força mecânica  do engenhão...


_ cuidado para não provocar  a ira dos torcedores da estrela solitária rsrs


_ claro que não é isso que quero dizer, mas a torcida  do bota parece um batráquio...


_ explique isso melhor, Zé...


_ veja bem,  primeiro que tudo vou relembrar o que seja um batraquio, que é sinônimo de anfíbio anuro, pois como hoje ninguém  faz mais palavras cruzadas (que desenvolvem o cérebro) , ninguém vai lembrar das famosas  perguntas "anfíbio Anuro ou batraquio "? Resposta: Sapo, rã


_ pessoal hoje vai pro Google, né Zé?


_ sim, mas atrofia o cérebro e o usuário fica mais acomodado...


_ mas, enfim,  Zé, explique logo, pois tá quase na hora da partida


_ ah, tá.  Olhe  só, a torcida do bota parece.com os batráquios, ou seja, dormem quando o tempo tá ruim e acordam fazendo barulho danado quando a chuva chega...


_ Zé, pegasse pesado agora...rsrsrs 


Ele emborcou o prato sopeiro  sorvendo  o resto do café , pegou um punhado de bolacha e saiu ligeiro. 


Ainda perguntei :

 _ homi pra que essa correria?


Ele disse assim porque assim ele disse:


_ dependendo do resultado da partida, eu sumirei por alguns dias...


_ por que, Zé?


_ veja bem, se o Botafogo  ganhar, aparecerão .mais batraquios fazendo algazarra, mas vão me chamar pra tomar cerveja ,  mas se o Palmeiras vencer, os anfíbios  anuros vão lançar veneno em quem torceu contra , vão submergir de novo e ninguém os achará. 


Moral da história: nunca duvide da força  de um anfibio  mesmo que esteja em pleno verão...ou nao!?

sábado, 7 de junho de 2025

METAMORFOSE OU MORTE ENREDADA?

 


 

 Boanerges Cezário*

(adaptado a partir de

pergunta de colega

de trabalho)

 

 

Era um sábado e eu tava divagando...

Um dia desses, um colega nosso aposentado postou um vídeo de uma aranha "empacotando" uma borboleta. Um vídeo bobo, mas que  foi uma virada de chave para mim!

Pensei: por que ainda estou aqui entre papéis (virtuais ou não) e não lá fora observando a vida? Por que estou levando más notícias em vez das Boas Novas?

Qual o real valor de 30% a menos no salário quando a gente se aposenta?

 

Como sou cristã, um versículo me veio à mente:

 

 

"Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam"

 

Lembrei tambem de que alguém ficará feliz em assumir o cargo que ficará vazio, quando me aposentar

Por isso, o pedido da aposentadoria

 

Ainda meio inquieta, enviei uma mensagem para o filósofo Zé Bidu, que sempre escuta a gente quanto estamos em dúvida.

Em alguns minutos, ele respondeu assim:

 

“Fico feliz porque você viu que a paz, o sossego e  a vida no seu casulo tem que nesse momento serem melhor avaliados.

A borboleta é o maior símbolo de metamorfose, mas se não cuidar vira alimento de uma simples  aranha.

A opção pelo outro caminho, que seria voar, faria ela acasalar, distribuir mais beleza pelos  jardins.

Num crucial momento, como você viu no vídeo que lhe enviei, a borboleta resolve parar numa rede para um breve descanso. Seria o descanso uma solução, mas não, era o descanso da acomodação...Assim,  virou um casulo embalsamado, construído  por um ser estranho ao caminho que ela construira depois de grande metamorfose.

Por incrível  que pareça, ela (a borboleta) voltou e sucumbiu num casulo que ela nao construiu...”



 

Moral da historia: O ser humano está sempre enredado numa metamorfose ou se metamorfoseando numa rede....ou não!?


Escritor*

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

SE FOR BEBER, NÃO CASE, MAS SE JÁ CASOU O PROBLEMA É SEU

  


 

 Um belo domingo de sol, fui dar uma caminhada no Parque das Dunas e encontrei uma velha amiga, que quando me viu foi logo sorrindo e me dando aquele abraço. É uma amiga que apesar de nos vermos pouco, quando aparece, está sempre sorrindo e com muitas estórias para contar. Estudamos inglês numa turma onde a professora era nativa e treinávamos conversação durante os sábados. Terminaram as aulas, ficou a amizade e acabou que um dia o destino fez a gente trabalhar na mesma empresa.

 

Deixando a conversa de apresentação, quando ela me viu foi logo avisando:

 

- Amigo, tenho uma história para contar para Zé Bidu....todo dia uma história. Tô ficando igual aquelas "véias" numa cadeira de balanço contando histórias de trancoso🤣

 

Falei que ele não estava pela cidade, mas pedi que narrasse o fato, que eu contaria pra ele. E assim ela contou como o fato foi por que assim foi o fato:

 

Lá para as bandas de Mossoró, no início da década de 60, um irmão da sua avó decepcionado com o fim do casamento foi- se embora para São Paulo e sumiu na poeira.

 

 

Já fazia uns cinco anos que ninguém tinha notícias. Um irmão do meu pai era seminarista e foi para um seminário em São Paulo. Passou três anos estudando lá e procurou em vão por esse tio. Getúlio era o nome do tio desaparecido.

 

Faltando poucos dias para voltar para Mossoró, o meu tio foi ao centro de SP e ao correr para pegar o bonde, seu chapéu voou e um homem se abaixou para pegar.

 Meu tio perdeu o bonde e foi até o homem. O tal homem era seu tio Getúlio!

 Por causa desse encontro, Getúlio voltou para Mossoró para alegria da minha bisavó.

 Lembro do tio Getúlio. Vivia na casa da minha bisavó que ficava nos fundos da casa da minha avó.

 

Sempre mal humorado e levemente bêbado. Morreu quando eu era ainda criança

Minha mãe diz que, quando jovem, ele era beeeem bonito, mas os anos de desleixo e bebida o modificaram.

 

A narrativa era dramática e trágica, mas era uma boa prosa para levar pra Zé Bidu e saber a opinião dele.

Enfim, como ele não usa nem quer ter celular, esperei chegar o sábado, pois viajo sempre para o sítio e ali sempre regado a um café de vagem de algaroba, conto as estórias que ouço, pois gosto de ouvir suas filosofadas.

 

E essa foi mais uma que contei...

 

Ele ficou silencioso o tempo todo escutando a conversa, olhava pra longe, olhava pro chão, balançava a cabeça, parecia inquieto... mesmo assim perguntei o que ele achava, que assim respondeu:

 

- moço, casamento é um sistema que acaba com o homem e dá vida à mulher se ele for doente de apego.

E continuou...

 

- o mundo tem bilhões de mulheres a mais do que homem, mas o maluco cisma com uma...

 

Riu muito, mas levantou ligeiro e saiu rápido, olhando para um lado e para outro, mas não quis mais conversa comigo.

 

Moral da historia: para ficar sempre bonito, não  case, pois vai morrer bebendo  porque não sai ou porque saiu do  casamento...😁

sábado, 27 de janeiro de 2024

O HOMEM QUE SÓ NÃO FALAVA JAVANÊS

 Boanerges Cezário*

 

            Eu estava dia desses por aí, encontrei uns colegas do tempo da faculdade e, obviamente, rolou um bate papo por mais de quatro horas. Acontece que não ficamos satisfeitos com a conversa curta e marcamos logo um almoço para colocar assuntos em dia.

            Como todo grupo, que virou também de whatsapp, os encontros são marcados, mas por diversos motivos  nem todos podem comparecer.

            Criamos uma regra, se tiver um quorum mínimo de três pessoas, a gente realiza o encontro, que se efetiva uma vez por mês na última sexta-feira.

            Ali se conversa sobre tudo, idade dos filhos, netos, casamento, separação, aposentadoria, livros, bebidas, viagens, memórias dos corredores da faculdade, memórias de confras de fim de ano e até comentamos sobre amigos queridos que se foram para a eternidade precocemente.

            Num desses encontros, lembramos de uma estória engraçada que ocorreu com um colega muito inteligente da turma.

            Além de inteligente, esse colega tinha uma habilidade especial para aprender idiomas.

            Falava mais de cinco línguas fluentemente e arranhava diversas fora do eixo padrão. Arriscava russo, dialetos diversos, enveredava pelo mandarim. Inglês, francês, espanhol, alemão, italiano era natural para ele. 

        Tinha um colega que disse pra gente que ele dominava até línguas dos povos originários do Brasil...mas esse detalhe contarei numa outra oportunidade, pois iria, talvez, render algumas páginas a mais aqui, face a complexidade em que ele se enrolou numa aventura com uma personagem que falava a língua originária...

            Mas o fato que quero comentar aconteceu assim e assim foi que aconteceu.

            Esse amigo poliglota tinha uma filha que casou com um alemão, que por sua vez já fora empreendedor na Itália. Essa ligação é só para mostrar a diversidade geográfica na qual aquele amigo se incrustara.

            Mas eis que um belo dia a filha resolveu, com o marido, fixar residência  na Alemanha.

            E foi assim que o amigo começou a visitar a Alemanha toda vez que entrava de férias.

            Sempre que voltava, claro, era a novidade do almoço ele contar as aventuras na terra do sauerkraut e do schoppen.

            A última narrativa foi engraçada para a gente que ouviu, mas não sei se foi para ele que era um ator do ocorrido.

            Acontece que a empregada da casa da filha dele era natural da Moldavia, onde o idioma dominante lá é o romeno.

            Eis que o amigo, como gosta de treinar a língua, resolveu se aproximar da referida trabalhadora e treinar o idioma novo.

            Como ele é fluente, em poucos minutos as risadas já estavam soltas pela cozinha, a Moldaviana (se é que se chama assim) já tinha parado o serviço e já perguntava sobre o Rio de janeiro, carnaval, Pelé e essas coisas que o estrangeiro conhece lá de fora sobre o Brasil...

            O que ele não contava, e ela não esperava, era pela aparição repentina da esposa do amigo, que entrou na cozinha repentinamente e com algumas palavras e um gesto encerrou aquele bate-papo "babelônico"...

            A esposa do amigo, que é brasileira,  olhou para os dois com um par de olhos azuis bem abertos e simplesmente mostrou uma vassoura para o amigo e disse assim:

            - entregue pra ela e mande a falante de língua romena prestar atenção no serviço!

 

            A narração vai acabar por aqui, no próximo capitulo, narrarei aqui o que aconteceu depois da entrega da vassoura, que o amigo só contará no próximo almoço...ou não?!



Escritor*

domingo, 17 de dezembro de 2023

ICMS A 18%: VITÓRIA OU DERROTA?

 

Boanerges Cezário*

Muita gente encarou a derrubada da proposta de aumento da alíquota do imposto sobre mercadorias e serviços (ICMS) como uma derrota política histórica para o governo do Rio Grande do Norte.

O que é vitória ou derrota? Aliás, qual a vitória? Qual a derrota? Quem perdeu? Quem ganhou?

A princípio tem que se refletir sobre o que interessaria ao cidadão. Sim, porque para ele vai resultar, em tese, preços menores de mercadorias e serviços. Será que isso vai se concretizar?

Para essa pergunta, não se podem extrair certezas.

Mas não se pode   falar em nome  do povo como se derrotada essa massa estivesse.

Criou-se um debate em torno de possíveis culpados.

Começando pelo governo, por que não houve derrota para o governo ou para o RN? Resposta simples: quem protagonizou a derrubada foram os parlamentares da assembleia legislativa, não foi o  governo.

Mas, também, nada de culpar os parlamentares, afinal foram eleitos pelo povo, que alguns querem dizer que foi apenado com a referida derrubada.

Percebam que, é bom atentar, o voto desse povo faz parte do jogo democrático, que elegeu a bancada que comandou redução do ICMS.

A lógica do mercado evidencia que é melhor arrecadar bem 18% do que 20% mal arrecadado.             

Hora de ser otimista.

Façamos o seguinte cálculo hipotético: vamos supor que as vendas brutas do comércio e serviço no RN fossem na casa de 1 bilhão, uma alíquota de 20% sobre esse montante seria R$ 200 milhões. Seguindo o raciocínio, caso as vendas e serviços sejam incrementadas com a baixa da alíquota para 18%,  chegando à casa de 2 bilhões, essa alíquota bem arrecadada de 18% seria na ordem de R$ 360 milhões.

Enfim, cabe agora aos consumidores irem às compras e a rede de comércio e serviços apostar na venda em escala, que poderia aumentar muito a arrecadação mesmo com alíquota de incidência sendo 2% menor.

Enfim, cabe aos gestores do RN apenas demonstrarem os impactos, tomando as medidas possíveis para manter em ordem a prestação de serviços e a máquina estatal.

Quanto aos parlamentares, provavelmente votaram de forma responsável amparados por dados que os autorizam a votarem contra a proposta de manutenção da alíquota.

Enfim, não há culpa de ninguém, parlamentares foram eleitos e o voto deles é totalmente acobertado pela massa dos cidadãos , que sentirão os impactos da redução na compra de bens ou serviços.

Se foi ruim ou será boa a derrubada da proposta, não é o caso, a democracia tem altos e baixos, fluxos e refluxos.

Se não der certo, pauta-se de novo e vê-se como rever a situação, dentro dos prazos e procedimentos legais permitidos.

O jogo democrático é esse. Os membros do Executivo e Legislativo foram eleitos e para ali foram postos para gerir o poder dentro de suas atribuições.

Os dois poderes trabalham para o povo, mas votaram de forma diferente numa questão feita para resolver problemas do povo.

    Todos os dois pontos de vista estão certos, dentro da vista de um ponto de cada um.

    Se a redução acima citada tiver bons resultados, então o povo está certo, pois elegeu os parlamentares, que defenderam a diminuição da alíquota.

    Se a redução não der certo, o povo estará certo também, pois elegeu a governadora, que disse que a redução não será boa.

E você, nobre leitor(a), vai às compras?

E você, empresário(a) , suas mercadorias e serviços baixarão seus preços?




Autor*

terça-feira, 12 de setembro de 2023

A MARATONA DA FELICIDADE

 


 Boanerges Cezário*


Certa vez, perguntei a Zé Bidu, filósofo corredor de rua do agreste nordestino o que ele pensava  sobre a felicidade.

Ele respondeu assim:

 

- preclaro mancebo, a felicidade é como uma maratona, que ao final tem medalha, banana e bolacha.

 

- como assim, divino guru?

 

- veja bem, para ser maratonista você começa trotando, depois vai aumentando a distância de quilômetro em quilômetro...

 

- certo, e...

 

- você chega aos 5, 10, 15, 21 e enfim 42Km

 

- e as medalhas...?

 

- ansioso apedeuta, todas as marcas lhe oferecem medalhas, bolachas e bananas...

 

- então quer dizer que quanto mais medalhas, bananas e bolachas você será mais feliz, ou seja, acumula felicidade?

 

Ele olhou para mim, abriu um olho, fechou o outro e sapecou a resposta:

 

- uma coisa não pode ser outra coisa...

 

- conclua, mestre...

 

- a felicidade não se acumula, ela tem estações de degustação para o maratonista sentir o prazer da corrida, sim, esse é o sabor da felicidade, as quilometragens alcançadas...

 

Então, falou isso e foi-se embora na escuridão, o divino mestre.

 

Moral da estória: coma banana, bolacha, corra, ande, pule e faça o que quiser, só não fique deitado na rede esperando a morte chegar...


Autor*

sábado, 10 de junho de 2023

O MAIOR SÃO JOÃO DO MUNDO?

 


 Boanerges Cezário*

 

As redes sociais e a mídia em geral bombaram nos últimos dias com a reclamação do forrozeiro de primeira grandeza Flávio José por ter seu tempo de apresentação diminuido, em face da produção do show em Campina Grande ter-lhe avisado da referida diminuição em cima da hora.

O que pode  está acontecendo é um fenômeno do tempo., ou seja, o público forrozeiro não vem comparecendo aos shows o que leva a diminuir o tempo dos forrozeiros em shows diversos.

O mercado da música é como todo mercado, vive da compra e venda.

Pode ser que o público que está indo aos shows é  o de Gustavo Lima.

Como tudo que envolve negócio, seja ele cultural ou não, não se pode "vender" o que estão deixando de "comprar".

A pisada na bola foi do prefeito, que incluindo Gustavo Lima na programação, desconfigurou o espírito da coisa, que é São João com forró. Agora ele não pode ostentar o titulo de maior são joao do mundo para a cidade de Campina Grande.

Gustavo e Flávio tem que cumprir ordens do contratante.

 

Agora, os prefeitos de Caruaru, Mossoró, dentre outras cidades podem disputar o título de maior são joao do mundo, pois Campina Grande se desnaturou e se assim continuar vai metamorfosear para outro tipo de evento, mas não São João...

Eu, como forrozeiro, não vou  a show de  Gustavo nem de graça,  nada contra, mas não faz meu estilo, já de Flávio José vou aonde for e pago...só não estou indo no momento porque o joelho está em tratamento, certamente por falta de forró...

Talvez esteja aí a origem da falta de público para o forró, quem gosta de forró tá distante  ou porque não vai ou porque o esqueleto não deixa, no momento, meu caso.

Valeu o protesto de Flávio pra chamar atenção. Agora o são joão de Caruaru passou à frente sendo 100% forró, aliás qualquer outra cidade que mantiver acesa a chama do São João com forró pode pegar o título que Campina Grande decidiu perder...

Fica a dúvida se só tivesse forró a festa teria  público do tamanho que já é conhecido?

O tempo muda, os gostos mudam e a plateia muda também...

Enfim, lembro que nos anos 80 os sambistas fizeram um protesto assim, alertando para o excesso de músicas estrangeiras e pouca execução de sambas e shows afins.

Naquele momento, se reuniram na casa de João Nogueira e gritaram pelo espaço do samba.  De lá pra cá o samba revigorou.

A cultura forrozeira parece sofrer um problema parecido, fica o desafio:  quem vai puxar o bonde do forró e botar a boca no trombone?


Blogueiro e Forrozeiro*