Boanerges Cezário*
Lá pelos anos 80, eu era fã de Macgyver, aliás muita gente não perdia um episódio daquele discreto super herói, que sempre dava um jeito para resolver as coisas com os recursos disponíveis naquele momento.
Assim, ele mesmo sem ter as ferramentas adequadas, encontrava uma maneira inteligente para solucionar o desafio que aparecesse na sua frente.
Até hoje, muita gente lembra das artimanhas do personagem, até quem não assistiu já ouviu falar.
Pelas bandas de 2005, conheci um sujeito assim...
Fui indicado para auxiliar na implantação de uma Vara da Justiça Federal no interior do Rio Grande do Norte, mais precisamente em Caicó.
No início, como é natural, o orçamento estava se adequando para execução da referida instalação do órgão e já se vislumbrava também a construção de uma sede o mais rápido possível, pois o prédio que utilizávamos pertencia ao estado do RN e já tinha um bom tempo de construído.
Enfim, tudo a fazer e recursos ainda escassos..
Eis que apareceu um funcionário inteligente que sempre que o chamava ele procurava uma saída e chegava rapidamente com um sugestão para tratar o caso problema que tínhamos pela frente.
Era um servidor que além de sugerir ideias, já trazia uma solução quase pronta para tomada de decisões e conclusão do caso.
Outra característica interessante nele era que, mesmo não sendo da sua alçada, nem obrigação, ele não se negava a atender o pedido da gente. Só pedia um tempo para resolver. Costumava pedir um prazo e sempre aparecia com a solução em menos tempo...
Proatividade era a marca dele.
Tempo passou, tomamos destinos diferentes , mas nas redes sociais sempre mantivemos contato.
Um dia, depois de inúmeras evoluções no currículo, vi sua formatura em Direito.
Em face do tempo, saltei do trem laboral, eis que chegava minha hora de aposentadoria e ele, mais novo, continuou suas atividades profissionais.
Mas, enfim, pelas características magaiveanas dele, acredito que o currículo só tende a crescer e mais outras aventuras profissionais ele enfrentará.
Moral da História: se ele ainda trabalhasse comigo, eu o desafiaria para uma outra função, onde ele pudesse compartilhar seus conhecimentos de forma mais gerencial/direcional que operacional...
Escritor*