Boanerges Cezário*
Parece que ainda não mudou o curso do plano de
navegação da barca quase furada do Rio Grande do Norte.
Todo dia uma novidade com relação às contas. Falta dinheiro
para salários, para aposentados, para tudo, mas a nave vai...
O Estado, para que realize os seus objetivos, precisa
de recursos, que por sua vez só podem ser auferidos com receitas.
Há as originárias e as derivadas.
As primeiras são efetivadas através da exploração do
patrimônio próprio do Estado.
Nas derivadas, o Estado utiliza-se do seu poder de império
e através de tributos e penalidades pecuniárias arrecada os valores necessários
a manutenção da máquina administrativa.
O Estado do Rio Grande do Norte, numa pretensa crise
fiscal sem fim, iniciou um processo para venda de seus bens públicos, tendo em
vista a cobertura de pagamentos diversos, dentre eles os salários.
A solução parece boa, mas não tem nada de criativa,
principalmente porque o Estado também implantou a cultura do Refis, que na
prática é um perdão disfarçado da dívida, que nunca se concretiza, que sempre
traz a possibilidade de novos refis, novos refis, novos refis....
Então em breve, o Estado do RN terá todo seu
patrimônio vendido e como não implanta uma política de arrecadação concreta e
possível, em breve as receitas derivadas também não serão suficientes para
pagamento de suas obrigações e investimentos.
O Plano de navegação da nave RN não está bem definido
e em breve a barca pode adernar.
O Capitão, que a rege, não demonstra patente e
categoria de capitão de longo curso.
Mas antes do naufrágio, com certeza o capitão pulará
do barco e se salvará.
Para o resto da tripulação, será um Deus nos acuda,
mas haverá alguém que tomará o leme para levar a nave a um porto seguro, mas
navegará sem plano, levando apenas a embarcação para um porto e ali ela ficará
parada.
Afinal de contas, para onde íamos, pois não sabemos
mais nem para onde vamos?....
Blogger*
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