Boanerges Cezário*
Então, estive pensando aqui no
que falar sobre o dia Malbec.
Os tempos são complexos e alguns
falam em tempos líquidos.
A uva malbec e o vinho conecto formam
um par sólido, que resiste a liquidez
dos tempos, agregando amigos e confrades, que expurgam o egoísmo, estágio
superior do individualismo, na resistência por
um mundo mais gregário, que se revelam nas boas degustações de uma uva tão singular.
É, em suma, um casamento entre o belo
e o palatável.
Diz
a wikipedia, que “Malbec é conhecida comum tipo de uva francesa e principal
variedade da região de Cahors, também presente em Bordeaux. Encontrou condições
excelentes na Argentina, onde produz vinhos frutados, muito macios, de bom
corpo, cor escura e tânicos, para serem consumidos ainda jovens”
Olhe o espírito da coisa, ela
nasce na França e partiu para encontrar aconchego nas plagas argentinas, ou
seja, como os navegadores que em tempos idos buscavam terras e mares, assim foi
a aventura dessa uva tão original dos vinhos frutados, muito macios, de bom
corpo, cor escura, como diz o enciclopedista já citado.
É um casamento que nesta data
sempre comemora a união com os seus
degustadores de fino paladar.
Esses dias e anos Malbecs assim se fizeram e assim se fazem, sempre renovados de expedições
e viagens degustativas.
Assim, a uva e o vinho que se
adaptaram bem numa epopeia geográfica
tem o seu dia para que sejam brindados por todos.
Aliás, é possível sim um francês que
no habla español degustar um malbec com um argentino que ne parle pas
francês. Provavelmente não se entenderão no idioma, mas falarão e se
comunicarão com gestos, caras e bocas, pois o tanino acentuado cai muito bem
com o churrasco e parrillada, pratos de excelência que provocam sempre um
debate de sorrisos, caras e bocas.
Escritor*
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