sexta-feira, 7 de novembro de 2025

O BREGA SEMPRE FOI CHIQUE (o contrário também)


Boanerges Cezário*

Certa vez, há dez mil anos atrás,  estava na minha casa numa dessas dominicais reuniões, onde rolava violão, churrasco e papos culturais.

Numa dessas assuntagens, começamos  a falar sobre o dialético  debate brega x chique.

Eis que terminamos falando sobre as músicas do compositor e cantor  Fernando Mendes.

Todas as gerações,  talvez até a Z, curtiram as belas canções de Fernando.

No entanto,  alguns  intelectuais  ressentidos queriam sempre classificar como brega compositores tipo FM.

Na época eu até tocava violão, e nesse dito churrasco, terminei por cantar "voce nao me ensinou a te esquecer" e ainda profetizei  que um dia alguém cult iria fazer as músicas de Fernando serem consideradas chiques...

Tempo passou, muito mesmo, o cinema bombou nas telas LISBELA E O PRISIONEIRO...que aconteceu então?

Todos devem se lembrar que Caetano  cantou  a referida música para o referido filme...aí  o sucesso explodiu, dessa vez para o lado "chique", pois já explodira nos anos 70 no lado "brega" na voz de Fernando Mendes..

Caetano sempre teve essa marca, uma verdadeira mão  de fada (ou mão  de mago) para folhear de ouro onde ele põe  a mão...

Enfim, foi bom para todos ver um sucesso daquele ser cantado pelo Brasil "chique e brega", ficando provado que tais conceitos dependem apenas do ponto de vista determinado pela vista de um ponto...ou nao!?


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