sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

SOBRE BORBOLETAS, PAISAGENS E PESSOAS

 

 Jeanne Leocádio e Boanerges Cezário

Uma manhã eu vi uma borboleta pequena no chão do caramanchão, que tem no meu jardim. Ela não conseguia voar. Pensei que estava morrendo e deixei num jarro próximo, pensando em recolhê-la, após ela morrer, para dar a minha filha, que está fazendo um quadro com flores secas. Pensei: a borboletinha vai ficar bonita no quadro!

Voltei horas depois e nada de borboletinha.

O caramanchão fica abaixo da janela do meu quarto. Ao lado dele, plantei um pé de maracujá. Como não deu maracujá, eu ia podar os ramos que estão indo em direção aos galhos dos hibiscos que estão plantados do lado oposto.

Ao podar um ramo, percebi um casulo grudado numa folha. Não podei mais!

Aquela borboleta foi a primeira de várias.

Já faz alguns dias que a primeira coisa que faço ao acordar é abrir a janela e contemplar várias borboletas voando no jardim.

Isso não tem preço e para mim é presente de Deus.

Eu digo meu pé de maracujá não dá maracujá, mas dá borboletas.

 

Moral da História: para evitar preconceitos, paisagem e pessoas devem ser observadas com calma, antes de serem podadas perdendo sua essência...ou não!?



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