Jeanne Leocádio e Boanerges Cezário
Uma manhã eu vi uma borboleta pequena no chão do caramanchão,
que tem no meu jardim. Ela não conseguia voar. Pensei que estava morrendo e
deixei num jarro próximo, pensando em recolhê-la, após ela morrer, para dar a
minha filha, que está fazendo um quadro com flores secas. Pensei: a
borboletinha vai ficar bonita no quadro!
Voltei horas depois e nada de borboletinha.
O caramanchão fica abaixo da janela do meu quarto. Ao lado
dele, plantei um pé de maracujá. Como não deu maracujá, eu ia podar os ramos
que estão indo em direção aos galhos dos hibiscos que estão plantados do lado
oposto.
Ao podar um ramo, percebi um casulo grudado numa folha. Não
podei mais!
Aquela borboleta foi a primeira de várias.
Já faz alguns dias que a primeira coisa que faço ao acordar
é abrir a janela e contemplar várias borboletas voando no jardim.
Isso não tem preço e para mim é presente de Deus.
Eu digo meu pé de maracujá não dá maracujá, mas dá
borboletas.
Moral da História: para evitar preconceitos, paisagem e
pessoas devem ser observadas com calma, antes de serem podadas perdendo sua
essência...ou não!?
Autores*
Nenhum comentário:
Postar um comentário