Uma das tarefas mais difíceis a um candidato a cargo público
no RN é decidir por qual partido irá disputar a eleição, pois há sempre uma
família no meio do caminho.
No estado do Rio Grande do Norte, por exemplo, se observarmos
o rodízio entre famílias nos últimos 40 anos, é interessante frisar que tudo
mudou e nada mudou.
Alguém observou que houve apenas um descanso para uma equipe,
tendo a outra assumido o bastão, tal qual uma corrida de revezamento?
Se não acredita, caro leitor, lendo esclarecedor artigo
publicado no JH de 27.10.2014, intitulado ROBINSON E O SONHO DO SEU PAI, página
5, constatei o seguinte:
01 há 40 anos, precisamente em 1974, Osmundo Faria, pai do governador eleito Robinson, quase era
nomeado governador do estado;
02 o então General Dale Coutinho, defensor daquela
candidatura, faleceu faltando um dia para a confirmação da referida nomeação pelo
Presidente Ernesto Geisel;
03 com a morte do Gen. Dale, entrou em cena o Gen. Golbery,
o bruxo da abertura política, que no próprio velório do Gen. Dale apresentou ao
tabuleiro político o nome de Tarcísio Maia para ser nomeado no lugar de
Osmundo;
04 Tarcísio Maia, para quem não lembra, é pai de Agripino Maia, liderança do DEM, que nessa
campanha apoiou Henrique Alves;
05 naquele momento, como está noticiado no artigo citado
acima, era selado o “pacto da paz pública”, “que uniria os tradicionais
adversários Tarcísio Maia e Aluízio Alves na política estadual”;
06 tal pacto não teria sido o ancestral do temido e denunciado ACORDÃO nessa campanha por Robinson, estando do outro lado exatamente os filhos de Tarcísio e Aluízio?
07 só que agora o pacto atual não selou a paz, mas aprofundou uma discórdia...familiar.
Há uma lógica em tais colocações: o princípio da razão
suficiente é ainda o que explica tais fenômenos históricos por estas
plagas potiguares.
Ou seja: tudo o que acontece tem uma razão (causa ou motivo) para
existir ou para acontecer. O princípio da razão suficiente costuma ser chamado de
PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE, para indicar que a razão afirma a existência
de relações ou conexões entre as coisas, entre fatos, ou entre ações e
acontecimentos.
Cabe ao eleitor refletir
sobre onde estão as causas que fazem sempre a roda girar, girar, girar e
acabar nos mesmos nomes e/ou sobrenomes.
E como numa corrida de revezamento, daqui a 2 ou 4 anos teremos os mesmos nomes, que se revezam desde tempos idos.
Senhores, façam suas apostas!
Boanerges Cezário
Estudante de Geografia
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