sexta-feira, 19 de setembro de 2025

MAIS UM GOL QUE PELÉ QUERIA TER FEITO


 

Boanerges Cezário*

Dia desses, recebi uma mensagem de um velho amigo meu, do tempo em que a gente se encontrava para fazer churrasco, tomar umas cervejas e jogar futebol.

Digo isso porque hoje bateu a mania de se falar muito ao celular e redes, mas encontros presenciais são poucos.

Bem, mas lá pelos idos de 1993, criamos um time que batizamos de 16 de Natal. O nome foi em homenagem à partida da estréia, cujo placar que tomamos foi 16 x !, numa memorável pelada no campo da Caixa Econômica Federal em Pium(RN).

 

A mensagem era assim:

 

 “ meu velho, estou escrevendo um livro e estou precisando de informações sobre o tempo do nosso 16 de Natal

 Gostaria de saber se vossa senhoria se encontrava no jogo que fizemos no MACHADÃO no qual fiz um gol do meio de campo

 Já falei com Roberto (um atleta do time),  que se lembra do gol , mas tem alguns detalhes que gostaria de saber, caso você esteve lá e lembrar de alguma coisa me contacte por aqui.’’

 

E continuou...

 

“Aderson, vulgo Neneto lembra de nada

 Jussier não estava.

Exemplo de detalhes: Ano, mês, de preferência dia, posso omitir, mas seria legal situar

 Lembro que foi logo no início de um dos tempos, ou no início do jogo ou no início do segundo tempo

Não me lembro qual foi o placar

Se não me engano viramos o jogo pra 2 x1

 Eu fiz mais um gol e me lembro como, mas machuquei   o tornozelo e sai de campo, tendo ido pro medico botado bota de gesso e em seguida,  ido pra cerveja

 Eu escrevi já alguma coisa baseado nessas informações

 Lembro que a bola quem deu o passe foi Sérgio

Reclamou enquanto a bola caía

 Mas depois claro ficou bem feliz”

 

 

No que respondi assim:

 

Amigo, eu não estava jogando nesse dia, mas vejo que pelo que você falou, Roberto lembra do jogo, mas não dos detalhes; você não sabe se foi no início do jogo, nem em qual tempo; também não lembra do placar, mas tem uma vaga lembrança, que viramos o jogo para 2 x 1. Se viramos o jogo e o primeiro gol foi seu, então você foi o artilheiro da rodada, o que já é uma boa lembrança. Além do mais, machucou o tornozelo, botou bota e logo em seguida foi tomar cerveja, que era sempre o terceiro tempo...Enfim, nosso querido Sérgio (precocemente falecido) deu o passe , mas como não está entre nós, também não poderá dizer nada...

 

Então, você acabou de contar uma bela história que não participei, mas fez me lembrar do tempo bom que a gente se encontrava e mantinha laços de amizade, longe, muito longe, de redes sociais...

 

O interessante ai, não sei você observou, é que a diferença do seu lance, que foi um gol marcado do meio campo, para o de Pelé é que o seu ninguém se lembra dos detalhes, mas aconteceu, mas sem celular na época , não teve como filmar. Já o do Rei Pelé, todo mundo viu, mas o gol não aconteceu.

 

 

 

Moral da História: não há detalhes, nem imagem do seu gol, mas vale mais do que o quase gol do Rei Pelé...ou não!?



Cronista*

 

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

A VERDADE SOBRE O DIA 7


Boanerges*

Sábado passado, eu estava no mercado público, no meio da feira da minha cidade,  quando encontrei zé Bidu.
Antes de dar bom dia, pediu preu pagar um prato de cuscuz com ovo com um copo de café forte, daquela com a borra no fundo ...

Na mesa ao lado, uma pessoa falava sobre o dia 7 de setembro, pois é comum na cidade ter o desfile das escolas lembrando a data.
A população vai às ruas assistir, vira um evento de lazer para a família.
Zé Bidu ouvindo, disse:

_ a história do dia 7, meu avô me contou um dia...

Eu, curioso, pedi para ele contar o que sabia. Então continuou o zé...

_ bem, estava d. Pedro saindo da casa de uma de suas namoradas e logo em seguida parou no bar do Tião,.conhecido jornalista da época, que juntava gente na mesa para conversas longas sobre narrativas longas de acontecimentos familiares ou não da população...(Vocês já sabem o que rolava nessas conversas, né?)

Eu já tava boquiaberto, nem falei e pedi para zé não parar de falar...

_ veja bem, d. Pedro pediu um prato de buchada de bode, um limão pra cortar a gordura, uma garrafa de cachaça braba e, junto com a tropa de soldados, comeu tudo, beberam a uca toda e lamberam os dedos...

_ por favor, continue, zé, pedi

_ como a esposa dele estava aflita esperando no palácio, ele , mesmo com o sol escaldante, partiu para São Cristóvão...mas a digestão da buchada não foi boa... Rapidamente, o monarca pegou uma caneta de pena de pavão e rabiscou algumas palavras para acalmar a esposa, pedindo então para um soldado daqueles levar a mensagem até a prendada esposa...

Zé Bidu então passou a mão no rosto , franziu a testa e disse agora vem a parte complicada...
Eu disse, continue, homi, já tá todo mundo no mercado esperando você terminar...

_ então, o inesperado quase previsto aconteceu, o lorde imperador passou a mão na barriga e uma carga de flatulência descontrolada começou a estourar...quando ele viu que não ia aguentar, pediu ao ordenança que arranjasse papel higiênico para utilizar após o serviço da obra imperial...

Perguntei logo:

_ conseguiram papel?

Zé respondeu:

_ que nada, o guarda trouxe uns sabugos de milho para o imperador usar... O imperador enrubecido, e irado e já com as roupas amareladas da cintura para baixo, levantou a espada e esbravejou 

ESSA INTENDÊNCIA É DE MORTE 

Foi então que o chefe da guarda, então com mais de 60 anos, que havia perdido parte da audição, entendeu INDEPENDÊNCIA ao invés de INTENDÊNCIA...
Então, vocês já sabem o que a tropa repetiu, né?

 INDEPENDENCIA OU MORTE

ao invés de

ESSA INTENDÊNCIA É DE MORTE

E essa, senhoras leitoras e senhores leitores, foi a verdadeira história do dia 7.

Moral da história: sempre que puder, visite seu fonoaudiólogo, para não trocar palavras e terminar em merda...ou não?


Humorista*