sexta-feira, 5 de setembro de 2025

A VERDADE SOBRE O DIA 7


Boanerges*

Sábado passado, eu estava no mercado público, no meio da feira da minha cidade,  quando encontrei zé Bidu.
Antes de dar bom dia, pediu preu pagar um prato de cuscuz com ovo com um copo de café forte, daquela com a borra no fundo ...

Na mesa ao lado, uma pessoa falava sobre o dia 7 de setembro, pois é comum na cidade ter o desfile das escolas lembrando a data.
A população vai às ruas assistir, vira um evento de lazer para a família.
Zé Bidu ouvindo, disse:

_ a história do dia 7, meu avô me contou um dia...

Eu, curioso, pedi para ele contar o que sabia. Então continuou o zé...

_ bem, estava d. Pedro saindo da casa de uma de suas namoradas e logo em seguida parou no bar do Tião,.conhecido jornalista da época, que juntava gente na mesa para conversas longas sobre narrativas longas de acontecimentos familiares ou não da população...(Vocês já sabem o que rolava nessas conversas, né?)

Eu já tava boquiaberto, nem falei e pedi para zé não parar de falar...

_ veja bem, d. Pedro pediu um prato de buchada de bode, um limão pra cortar a gordura, uma garrafa de cachaça braba e, junto com a tropa de soldados, comeu tudo, beberam a uca toda e lamberam os dedos...

_ por favor, continue, zé, pedi

_ como a esposa dele estava aflita esperando no palácio, ele , mesmo com o sol escaldante, partiu para São Cristóvão...mas a digestão da buchada não foi boa... Rapidamente, o monarca pegou uma caneta de pena de pavão e rabiscou algumas palavras para acalmar a esposa, pedindo então para um soldado daqueles levar a mensagem até a prendada esposa...

Zé Bidu então passou a mão no rosto , franziu a testa e disse agora vem a parte complicada...
Eu disse, continue, homi, já tá todo mundo no mercado esperando você terminar...

_ então, o inesperado quase previsto aconteceu, o lorde imperador passou a mão na barriga e uma carga de flatulência descontrolada começou a estourar...quando ele viu que não ia aguentar, pediu ao ordenança que arranjasse papel higiênico para utilizar após o serviço da obra imperial...

Perguntei logo:

_ conseguiram papel?

Zé respondeu:

_ que nada, o guarda trouxe uns sabugos de milho para o imperador usar... O imperador enrubecido, e irado e já com as roupas amareladas da cintura para baixo, levantou a espada e esbravejou 

ESSA INTENDÊNCIA É DE MORTE 

Foi então que o chefe da guarda, então com mais de 60 anos, que havia perdido parte da audição, entendeu INDEPENDÊNCIA ao invés de INTENDÊNCIA...
Então, vocês já sabem o que a tropa repetiu, né?

 INDEPENDENCIA OU MORTE

ao invés de

ESSA INTENDÊNCIA É DE MORTE

E essa, senhoras leitoras e senhores leitores, foi a verdadeira história do dia 7.

Moral da história: sempre que puder, visite seu fonoaudiólogo, para não trocar palavras e terminar em merda...ou não?


Humorista*

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