domingo, 2 de setembro de 2018

CINISMO POLÍTICO




Boanerges Cezário*

Começou a propaganda eleitoral e é tão engraçado o que nela propagam, que até esse artigo se torna repetitivo e poderei publicá-lo nas próximas eleições sem mudar uma vírgula.
Tem uma palavra que permeia o tom dos discursos, que se chama cinismo.
Ah, sim, mas é bom lembrar o que é cinismo porque os cínicos não lembram o que é e os não cínicos esquecem de procurar no dicionário para lembrar do que se trata.

Mesmo com o google, prefiro ir ao dicionário físico e consultar, neste caso, Dicionário SM.

Está lá:

“s.m. Ironia ao tratar sobre assuntos sérios ou falta de vergonha ao fazer algo digno de ser reprovado”

São diversos os temas tratados na propaganda, em todos a mesma maestria em enrolar dizer o que não vai fazer, nem pode, dentro da atmosfera política e econômica.

Eis algumas:

01 construção de creches e escolas para o povo.
Você já viu algum filho ou neto de político frequentando uma creche ou escola pública?

02 hospitais e upas para todos
Já encontrou algum deles na fila desses órgãos?

03 serviço público de qualidade
Como se mantém isso, atrasando salários e achatando o ganho real.

04 carga tributária justa
Os grandes grupos não pagam impostos, mas o pobre paga da caixa de fósforo ao botijão de gás



O eleitor gosta de ser enrolado quando se deixa enganar pelo discurso dominante, mas deveria pensar qual realmente é o desejo dos políticos rotineiros.

Voltando para os itens, vejam só o que realmente eles querem:

01 que o povo tenha filhos para ficar dependente de creches e escolas, mas adivinha a quem pertencem as construtoras que vão realizar tais obras?!
02 as construtoras são as mesmas do item 01 e os médicos são filhos de donos de construtoras!
03 serviço público sem qualidade é o  desejo de grandes empresas, que se apropriam das verbas públicas para construírem hospitais, escolas etc
04 sem arrecadação de impostos suficiente, voltamos ao Feudalismo...

Então além de cinismo, o leitor tem que pesquisar sobre o que é Feudalismo e como funcionava.
Então para entender o momento , o eleitor teria que estudar História e entender a relação esperta entre donos de dinheiro e os donos do poder.
Nem precisa entender de Economia e Política, basta ler os livros de História.

Leitores, prestem atenção, a “sabedoria” dos políticos é alimentada por atitudes impulsivas do eleitor.



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